5 grandes fracassos tecnológicos dos últimos anos – PARTE 2

Nossa lista segue destacando gigantes da tecnologia em projetos ainda mais inusitados. Confira!

 

É fato que quando a gente alcança o sucesso em um projeto, tem os que comemoram, os que se lembram do feito por muitos e muitos anos, mas tem também aqueles que torcem o nariz. Agora, quando falhamos, todo mundo se lembra. Como se esse deslize se tornasse a nossa marca registrada, aquilo pelo que todos irão se lembrar no futuro. E isso não é essencialmente ruim, porque tudo na vida traz algum aprendizado.
 
Pensando nisso, a Smart Lap decidiu trazer uma segunda parte sobre os grandes fracassos tecnológicos dos últimos anos. Porque, se você pensou que a primeira parte foi emocionante, prepare-se para uma sequência ainda mais surpreendente!

1. Google+

Foto: Twin Design / shutterstock.com / divulgação

Lançado em 2011, o serviço foi a tentativa ambiciosa do Google de competir com o Facebook. Embora tenha sido recebido com alguma empolgação inicial, o Google+ nunca decolou ou atraiu engajamento.

A falta de um diferencial significativo em relação ao Facebook e a outras mídias já consolidadas foi o principal motivo para o fracasso da rede social. Os usuários não encontraram um motivo convincente para migrar para o Google+ e abandonar as outras plataformas.

Além disso, em 2018, veio à tona um grave problema: uma falha expôs dados de mais de meio milhão de usuários em todo o mundo, causando um verdadeiro escândalo de vulnerabilidade digital.

Diante da falta de interesse e da baixa participação dos usuários, o Google anunciou o encerramento gradual da sua rede social em 2019.

Leia também: 5 grandes fracassos tecnológicos dos últimos anos – PARTE 1

2. Microsoft Kinect

Foto: fitzcrittle / shutterstock.com / divulgação
O produto da Microsoft foi lançado em 2010 prometendo revolucionar a forma como as pessoas jogariam videogame. O dispositivo permitia interações através dos movimentos do corpo, uma ideia empolgante que parecia saída de um futuro distante.

No entanto, o Kinect não alcançou o sucesso esperado. O primeiro desafio do produto foi enfrentar a limitação de espaço físico: o funcionamento dos jogos exigia um amplo espaço para a movimentação das pessoas, tornando-se um problema para aqueles que viviam em apartamentos pequenos. Além disso, os sensores do Kinect não entregavam um desempenho consistente, gerando mais frustrações do que momentos de diversão.

Com o tempo, o interesse pelo Kinect foi diminuindo e a empresa optou por investir menos na tecnologia. Com a concorrente Sony disparando nas vendas, a Microsoft percebeu que as pessoas não queriam saber do dispositivo, principalmente quando ele foi acoplado ao Xbox One. Em 2015, o aparelho foi descontinuado e a Microsoft voltou a vender bem.

3. Facebook Phone

Foto: Tecnoblog / divulgação

O Facebook Phone, também conhecido como HTC First, foi lançado em 2013, em parceria com a HTC. O dispositivo – tentativa de Zuckerberg para competir no universo dos smartphones – pretendia oferecer uma experiência móvel totalmente integrada ao Facebook, com um sistema operacional baseado no Android, mas com foco na rede social.

No entanto, o Facebook Phone logo se tornou uma piada. A HTC era uma parceira com alcance limitado e o aparelho não se mostrou interessante em relação a outros smartphones Android. Faltavam recursos exclusivos para justificar a compra do aparelho em vez de outras opções disponíveis no mercado.

Além disso, as configurações do Facebook Phone eram muito simples para justificar o seu preço elevado (US$ 99,99 no contrato de dois anos com a operadora AT&T). Tanto que, apenas um mês após o lançamento, o preço do HTC First caiu de US$ 99,99 para US$ 0,99 no contrato. Um verdadeiro vexame.

4. Zune

Foto: Tecnoblog / divulgação

Antes dos iPhones e iPads conquistarem o público, a Apple reinava com o seu dispositivo sensação – o iPod. O pequeno reprodutor de música trouxe um grande sucesso financeiro com a venda de players e álbuns digitais na iTunes Music Store. Justamente por causa disso, a rival Microsoft estava ansiosa para reivindicar uma parte desse mercado em expansão. A resposta foi o Zune, um dispositivo ambicioso, mas que não conseguiu mostrar a que veio e sequer chegou ao Brasil.

Lançado no finalzinho de 2006, o primeiro Zune contava com um HD de 30 GB e um controle direcional para navegar por músicas, vídeos, fotos e podcasts. Nos anos seguintes, a Microsoft lançou versões mais robustas para competir com os iPods de última geração, mas a criação nunca empolgou.

 
Apesar de não ser um player ruim, o Zune chegou tarde demais ao mercado, onde a Apple já estava muito bem estabelecida. No início as vendas do aparelho chegaram a abocanhar 10% de participação na indústria, mas o fracasso logo bateu à porta: três anos depois do seu lançamento, as vendas do Zune representavam apenas 2%. Fato que fez a Microsoft descontinuá-lo em 2012.
 

5. Windows 8

Foto: Thomas Pajot / shutterstock.com / divulgação
Para encerrar a nossa série, precisamos falar sobre o Windows 8 e como a sua tentativa de ser diferente desagradou usuários no mundo todo. O sucessor do Windows 7 foi lançado em 2011, com a ambição de revolucionar o mercado dos desktops, tablets e até smartphones – junto com ele veio o famigerado Windows Phone, que usava o mesmo sistema operacional e foi outro grande fracasso da Microsoft.
 
Mas, o grande motivo para o Windows 8 ser um verdadeiro vexame foi a sua falta de integração com o carro-chefe da Microsoft: os desktops. Apesar de suas telas flutuantes e horizontais funcionarem bem em celulares, tablets e laptops com tela touchscreen, o sistema era simplesmente confuso para quem utilizava um computador tradicional e precisava manuseá-lo com um mouse. A remoção do botão “Iniciar” foi outro ponto crucial e não fazia sentido para os usuários.
 
Em um piscar de olhos, o Windows 10 assumiu o comando, trazendo funcionalidades mais similares às que os consumidores estavam acostumados, e o Windows 8 ficou para trás de vez.
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Gabriel Peixoto
CEO e fundador da Smart Lap

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