Segundo estudo do Google, país terá déficit de 530 mil profissionais da área no futuro. Saiba mais!
Um recente estudo conduzido pelo Google for Startups revelou uma preocupante projeção para o setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil. De acordo com a pesquisa, o país enfrentará uma significativa escassez de profissionais qualificados até o ano de 2025.
Essa análise traz à tona um desafio cada vez mais premente para o setor, visto que a demanda por especialistas em TI tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Com a falta de profissionais capacitados para suprir a demanda, o cenário acende um alerta para o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil nos próximos anos.
Elaborado em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o relatório prevê que 53 mil profissionais irão se formar entre 2021 e 2025. Porém, nesse mesmo período, a Associação das Empresas de Tecnologia (Brasscom) estima que serão necessários 800 mil novos talentos para atender à demanda.
De acordo com o Google “A falta de habilidades digitais do Brasil o coloca na terceira posição entre os países do G20 que mais desperdiçam a oportunidade de aumentar o PIB”. A pesquisa ouviu inúmeras startups, onde 92% afirmam que há escassez de especialistas em tecnologia no Brasil, o que impacta diretamente a capacidade de inovação de suas operações e pode até ameaçar a sobrevivência dessas empresas.
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Os porquês da escassez
A escassez de profissionais de TI tem raízes em múltiplos fatores. Um deles é o rápido avanço da tecnologia e a crescente digitalização de diversos setores da economia. À medida que as empresas buscam se adaptar a essa transformação, surge uma demanda crescente por especialistas em áreas como desenvolvimento de software, análise de dados, segurança da informação e inteligência artificial. No entanto, a oferta de profissionais qualificados não tem acompanhado esse ritmo acelerado, o que resulta em um déficit cada vez maior.
Outro fator que contribui para esse desequilíbrio é a falta de investimentos em educação e formação nessa área. O estudo aponta que, apesar do crescente interesse dos jovens pela tecnologia, a formação adequada ainda é um desafio. A falta de currículos atualizados e de programas de capacitação adequados às demandas do mercado dificulta o desenvolvimento de habilidades essenciais. Além disso, existem grandes limitações para pessoas de regiões distantes dos grandes centros do país.
Segundo as startups ouvidas pelo Google, o ensino do pensamento lógico mostra-se defasado nas escolas brasileiras. Em conjunto a isso, existem grandes barreiras para pessoas negras e mulheres no mercado de tecnologia. Embora o setor seja conhecido por sua inovação e progresso, ainda prevalecem desafios significativos em relação à diversidade e inclusão.
Um desafio enfrentado pelo mercado de TI no Brasil é a falta de desenvolvimento do número de profissionais seniores necessários para atender às demandas crescentes. Embora haja um número significativo de profissionais de TI no país, há uma escassez de especialistas com ampla experiência e conhecimento avançado.
Para os jovens interessados em ingressar no mercado de tecnologia, a dificuldade em conseguir o primeiro emprego pode ser desencorajadora. Muitos empregadores exigem experiência prévia, o que cria um ciclo vicioso para aqueles que estão tentando ingressar no setor. Essa situação muitas vezes faz com que eles busquem outras áreas com maior disponibilidade de oportunidades iniciais.
Mas, de todos os porquês, talvez o maior de todos seja o fato de que, lá fora, o mercado internacional oferece condições muito mais atrativas do que aqui, esvaziando o nosso mercado. Profissionais qualificados muitas vezes optam por buscar oportunidades no exterior, onde encontram melhores salários, benefícios e perspectivas de crescimento profissional.
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Fica o alerta
Diante desse cenário preocupante, especialistas ressaltam a importância de ações estratégicas para lidar com a escassez de profissionais de TI. Investir em programas de capacitação, incentivar a formação de profissionais especializados e fomentar a colaboração entre empresas, academia e governo são algumas das medidas sugeridas.
Além disso, é fundamental promover a valorização e a atratividade da carreira em TI, buscando despertar o interesse dos jovens e incentivar a sua escolha por essa área promissora. Esse déficit não apenas representa um desafio para as empresas que buscam inovar e se adaptar às demandas tecnológicas, mas também pode impactar negativamente a economia como um todo
