A Smart Lap reuniu dicas simples para proteger os seus dados e te ajudar nesse momento difícil.
Eis uma triste realidade: perder ou ter o seu celular roubado é uma situação horrível. Nos dias de hoje, os nossos smartphones tornaram-se uma parte essencial das nossas vidas, mantendo-nos conectados, informados e organizados. Mas, quando esses pequenos tesouros desaparecem, somos lançados em um turbilhão de problemas.
De acordo com o Anuário de Segurança Pública 2022, foram registradas 3,7 milhões de ocorrências sobre celulares roubados ou furtados em todo o país, no período de 2018 a 2021. Esses índices impressionam, mas revelam apenas uma parte do problema.
De acordo com o Anuário de Segurança Pública 2022, foram registradas 3,7 milhões de ocorrências sobre celulares roubados ou furtados em todo o país, no período de 2018 a 2021. Esses índices impressionam, mas revelam apenas uma parte do problema.
Além do golpe financeiro inicial de ter que comprar um novo aparelho, perder ou ter o seu dispositivo roubado vai além do valor monetário. Nossos celulares são verdadeiros cofres cheios de informações pessoais, como contatos, fotos, senhas, informações bancárias e registros de comunicação. Quando esses dados caem nas mãos erradas, podem ser usados de forma maliciosa para roubo de identidade, chantagem ou outras ações prejudiciais.
E não para por aí. Ficar sem acesso ao seu celular pode causar uma série de problemas. Afinal, a maioria das nossas atividades diárias dependem dos aplicativos e serviços online que usamos nos telefones. E-mails, redes sociais, bancos, agendas – tudo isso pode se tornar um pesadelo quando não temos mais o nosso aparelho em mãos.
Mas, afinal, o que fazer quando perdemos ou temos o nosso celular roubado? Embora não haja uma fórmula exata, existem medidas simples que podem ser adotadas para garantir a proteção dos nossos dados. Se você está procurando por orientações, nos próximos parágrafos a Smart Lap apresenta um guia abrangente, fornecendo um passo a passo de ações que você pode tomar para resguardar as suas informações e se proteger.
Passo 1. Faça um Boletim de Ocorrência
Em caso de roubo ou furto, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência, o famoso BO. O formato online é mais prático e tem validade tanto quanto ir a uma delegacia. Embora não haja garantia de recuperação do aparelho, essa medida oferece maior segurança ao proprietário caso o telefone seja utilizado de maneira ilegal.
Por exemplo, suponhamos que os ladrões consigam utilizar algum dos seus aplicativos de banco para fazer transações ou assediar algum dos seus contatos passando-se por você: é crucial ter um comprovante de que você não estava com o aparelho durante o incidente.
Além disso, ao registrar o Boletim de Ocorrência junto a uma autoridade competente, você contribui para a elaboração de estatísticas de segurança pública no Brasil.
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Passo 2. Rastreie e bloqueie o celular
Após registrar o Boletim de Ocorrência, o próximo passo é bloquear o seu celular de forma remota. Essa ação garante a proteção dos seus dados, como aplicativos de bancos, senhas de cartões e contas de redes sociais.
Praticamente todos os smartphones possuem recursos integrados ou aplicativos de terceiros que permitem rastrear e bloquear o aparelho remotamente. Esses aplicativos exigem uma configuração prévia e permitem que você localize o celular em um mapa, emita alarmes sonoros e bloqueie a tela. Conheça os principais:
- Encontre meu Dispositivo (Google): se você tem uma conta Google associada ao seu telefone, utilize este link para acessar o Encontre meu Dispositivo. Ele funciona para todos os aparelhos Android e garante que os dados da sua conta Google fiquem inacessíveis para terceiros. Basta fazer o login na conta, escolher o celular na lista de aparelhos e clicar em “Proteger dispositivo”. Se o telefone estiver conectado à internet, ele será bloqueado imediatamente. Caso esteja desligado ou offline, o bloqueio acontece no momento em que ele for conectado. Em caso de perda, é possível escrever uma mensagem de recuperação ou deixar um número para que possam entrar em contato com você.
- SmartThings Find (Samsung): o recurso da Samsung cumpre basicamente os mesmos requisitos que o do Google, possibilitando que você rastreie todos os seus aparelhos e consiga fazer o bloqueio em caso de perda ou roubo. Para isso, clique neste link, encontre o dispositivo que você deseja executar a ação e clique em “Bloquear”.
- Buscar (iPhone): para os donos de aparelhos da maçã, acesse o app Buscar através do iCloud.com. Escolha o aparelho que deseja encontrar e vá em “Modo perdido”. Siga o passo a passo que abrirá a seguir e o aparelho estará bloqueado.
Caso você encontre ou recupere o seu telefone, é possível fazer o desbloqueio do aparelho. Para isso, é só informar o código que foi cadastrado no momento do bloqueio e seguir as instruções que serão mostradas na tela.
NÃO SE ARRISQUE!
Mesmo que você consiga rastrear o seu telefone pelos aplicativos acima, nunca é uma boa ideia tentar reavê-lo por conta própria. Em caso de dúvidas, acione a polícia.
Passo 3. Apague os dados do celular
O bloqueio do aparelho é sempre a melhor opção, sendo um método altamente reversível caso o celular venha a ser encontrado ou recuperado. Agora, se você acredita que não conseguirá reaver o smartphone, ou não se sente seguro e acha que os criminosos podem ter acesso às suas contas, o recomendado é apagar todos os dados do celular, restaurando o dispositivo para as suas configurações de fábrica.
Para isso, acesse os mesmos aplicativos que apresentamos no passo acima (Encontre meu Dispositivo, para contas Google; SmartThings Find, para aparelhos Samsung; Buscar, para dispositivos Apple) e encontre a opção que apaga todos os dados do seu celular.
Passo 4. Bloqueie o código IMEI
IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) é um código numérico único, presente em smartphones, tablets e modems. Ele funciona como a identificação de cada dispositivo, muito utilizado pelas operadoras de telefonia móvel para registrar e autenticar os aparelhos em sua rede.
Ao bloquear o IMEI junto à operadora (Claro, Vivo, TIM), você impede que quem estiver em posse do seu celular tenha acesso às redes móveis. Ou seja, não permitirá que os criminosos possam fazer ligações ou acessar as redes de dados do seu dispositivo.
Para executar essa ação, primeiro você precisa estar com o código IMEI em mãos. Ele é composto por 15 dígitos numéricos e pode ser encontrado ao discar *#06# no seu telefone ou entrando nas configurações do aparelho. Portanto, tenha o IMEI salvo em algum lugar para quando precisar.
Com isso, basta telefonar para a sua operadora e solicitar o bloqueio:
- Claro: 1052 (clientes Combo Multi devem ligar para 0800 72 36 626)
- TIM: 1056
- Vivo: 1058
Passo 5. Bloqueie o chip do celular
Ao ligar para a operadora a fim de bloquear o IMEI, aproveite e peça também o bloqueio do chip. Com isso, você impede que terceiros acessem a sua linha a partir dele, mesmo que o chip seja colocado em outro dispositivo. Dessa forma, o criminoso não conseguirá gerar códigos de verificação em duas etapas ou utilizar o seu WhatsApp para aplicar golpes em outras pessoas.
Para bloquear o chip, as operadoras oferecem opções bem variadas:
- Na Vivo é possível realizar a tarefa através do telefone 1058 ou pelo site da empresa;
- A Claro oferece também a opção pelo aplicativo, o Minha Claro. Quem optar pelo telefone pode discar 1052 (clientes Combo Multi devem ligar para 0800 72 36 626), ou acessar o site da Claro e fazer o bloqueio por lá;
- Já a TIM não permite realizar o bloqueio do chip pela internet. As únicas opções são ligar para o número 1056 ou ir até uma loja física.
Passo 6. Dicas extras para se proteger
Mesmo que você tenha executado todos os passos acima, ou apenas alguns deles, vale reforçar a segurança dos seus dados de outras maneiras, principalmente em caso de roubo. Confira a seguir algumas dicas extras:
- Vá até o seu notebook ou computador e saia de todas as principais contas. Isso vale para redes sociais, como o Facebook e Instagram, aplicativos de bancos e instituições financeiras, apps de delivery e, principalmente, faça logout do WhatsApp. Afinal, é por meio dele que os criminosos costumam aplicar a maioria dos golpes para as listas de contatos.
- Altere as suas senhas: comece pela senha da conta Google e iCloud, caso você tenha um iPhone. Se você utiliza outro e-mail, não se esqueça de abri-lo em seu computador e resetar a dele também. Altere as senhas dos aplicativos de bancos, redes sociais, entre outros. Lembre-se de utilizar um gerenciador de senhas para criar senhas fortes e facilitar a sua vida caso você venha a perder o seu celular.
- Criptografe o seu cartão de memória: não espere perder ou ter o seu telefone roubado para seguir essa dica. Ao criptografar o cartão de memória você impede que terceiros tenham acesso aos seus arquivos, mesmo que o cartão seja inserido em outro telefone. A maioria dos dispositivos atuais já possuem recursos próprios para fazer a criptografia de forma simples.
- Faça backup periodicamente: em caso de perda, roubo, falha do sistema ou até mesmo danos físicos ao aparelho, o backup permite restaurar os dados perdidos, como contatos, fotos, documentos e configurações, evitando transtornos e possibilitando retomar rapidamente a rotina digital. Para isso, mantenha o backup atualizado através da sua conta Google One ou iCloud.
