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ESG: o que é e porque a sua empresa deveria pensar nisso

Conceito recente e superimportante promove o bem-estar empresarial em diversas esferas. Conheça!

Nos últimos anos, temos ouvido muito sobre o conceito ESG e como ele tem se tornado cada vez mais relevante no mundo dos negócios. Segundo levantamento feito pelo veículo Valor Econômico, o interesse de buscas no Google pelo termo quase triplicou em 2021 no Brasil. Empresas de diferentes setores e tamanhos têm adotado práticas de ESG como parte de suas estratégias de negócios, buscando não apenas benefícios financeiros, mas também a criação de valor para a sociedade e para o meio ambiente.
 
Embora o conceito de ESG seja relativamente recente, as organizações vêm adaptando as suas metodologias há tempos. Isso se deve, em parte, ao fato de que hoje em dia os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços de empresas que tenham práticas de ESG positivas.

Mas afinal, o que é ESG? E como eu faço para implementar na minha empresa, mesmo que pequena? Neste artigo, exploraremos com mais profundidade o que é o conceito de ESG e como ele está sendo aplicado em empresas de diferentes setores e tamanhos.

O que é ESG?

Em poucas palavras, ESG é uma sigla que se refere a três fatores que são levados em consideração pelas empresas quando se trata de responsabilidade social e sustentabilidade: ambiental, do inglês, environmental (E), social (S) e governança (G). Esses fatores se tornaram cada vez mais importantes para investidores e consumidores, conscientes da importância de escolher empresas que tenham um impacto positivo no mundo.

  • Ambiental ou environmental (E): essa dimensão se refere às práticas da empresa relacionadas ao meio ambiente. Ela inclui a forma como a organização lida com questões como mudanças climáticas, emissões de gases do efeito estufa, consumo de energia e água, uso de recursos naturais, gestão de resíduos, entre outros. As empresas que têm práticas de ESG positivas nessa dimensão tendem a buscar maneiras de reduzir o impacto ambiental de suas operações e produtos, além de promover a preservação dos recursos naturais.
 
  • Social (S): a dimensão social do ESG diz respeito às práticas da empresa relacionadas à gestão de pessoas, diversidade e inclusão (etnia, raça, gênero, credo), saúde e segurança ocupacional, proteção de dados, relações com as comunidades locais, entre outros. As empresas que têm práticas de ESG positivas nessa dimensão tendem a adotar políticas que promovam o bem-estar de seus funcionários, a igualdade de oportunidades, o respeito aos direitos humanos e a responsabilidade social.
 
  • Governança (G): a dimensão de governança do ESG se concentra na transparência, ética e responsabilidade dos líderes das empresas. Ela inclui práticas relacionadas à gestão corporativa, como a estruturação da diretoria, políticas de remuneração, controles internos e compliance. As empresas que têm práticas de ESG positivas nessa dimensão tendem a adotar políticas que promovam a transparência e a responsabilidade corporativa, além de evitar conflitos de interesse e práticas antiéticas.

 

Leia também: 5S: o que é e como implementar na sua empresa

Como surgiu o termo ESG?

A origem do ESG pode ser rastreada até a década de 1960, quando investidores começaram a considerar aspectos sociais e ambientais nas suas decisões de investimento. Naquela época, o foco era principalmente em questões de direitos civis e trabalhistas. Nos anos 80 e 90, a preocupação com o meio ambiente começou a ganhar destaque, principalmente com o surgimento de organizações de defesa ambiental.
 
Porém, somente em 2004 que o termo foi cunhado, em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins (“Ganha quem se  importa”, em tradução livre). Surgiu de uma provocação do então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Naquela época, Annan propôs a 50 líderes empresariais reunidos no Fórum Econômico Mundial de Davos que adotassem princípios de investimento socialmente responsáveis.
 
Os princípios propostos por Annan estavam relacionados à consideração de fatores ESG nas decisões de investimento e incluíam questões como direitos humanos, trabalho decente, meio ambiente, anticorrupção e transparência. O objetivo era incentivar os investidores a levar em conta não apenas o retorno financeiro, mas também o impacto social e ambiental de suas decisões de investimento.
 
A proposta de Annan foi bem recebida pelos líderes empresariais e financeiros, e os Princípios para Investimento Responsável (PRI) foram lançados em 2006. Desde então, os PRI se tornaram um marco para investidores que desejam levar em consideração fatores ESG em suas decisões de investimento.
Foto: Freepik / br.freepik.com / divulgação

ESG na prática: como funciona?

O conceito em si é muito bonito, mas precisa ser bem aplicado para fazer a diferença. E compreender as esferas do ESG não é o mesmo que implementá-las dentro de uma empresa ou organização. Para entender melhor como o termo funciona, vamos a alguns exemplos práticos e bem conhecidos pelos consumidores brasileiros.
 
No campo ambiental podemos citar o iFood, que tem investido recursos para diminuir a emissão de CO2 em suas entregas parceiras, incentivando o uso de bicicletas e drones. 
 
Porém, de acordo com o veículo Valor Investe, a empresa brasileira mais associada ao ESG é a Natura, que obteve 536 pontos num índice de mil. Ela é reconhecida nos três âmbitos (ambiental, social e governança) destinando recursos para a extração de matéria-prima que não agride a natureza, além de criar políticas empresariais focadas no bem-estar dos colaboradores.
 
Abaixo da Natura estão a Unilever (389 pontos), Ypê (386 pontos), Boticário (376), Petrobrás (372), Nestlé (354), Banco do Brasil (335), P&G (332) e Coca-Cola (315).
 

Como implementar o ESG em pequenas empresas?

Implementar práticas ESG em pequenas empresas pode parecer uma tarefa desafiadora, especialmente se a empresa não tiver experiência prévia com essas práticas. No entanto, adotar medidas ESG pode ser benéfico tanto para a empresa quanto para a sociedade como um todo.

Meio ambiente

  • Avalie o impacto ambiental da sua empresa e identifique áreas de melhoria;
  • Implemente práticas de conservação de energia, como desligar equipamentos quando não estiverem em uso;
  • Promova a utilização de materiais recicláveis e a redução do uso de plástico descartável;
  • Considere a possibilidade de adotar fontes de energia renovável;
  • Envolva os funcionários em iniciativas de sustentabilidade.

Social

  • Avalie as condições de trabalho e identifique áreas de melhoria;
  • Promova a diversidade e inclusão dentro da empresa;
  • Forneça oportunidades de desenvolvimento profissional para os funcionários;
  • Estabeleça relações de longo prazo com fornecedores éticos e responsáveis;
  • Engaje-se em iniciativas sociais e comunitárias locais.

Governança

  • Estabeleça práticas de transparência e prestação de contas;
  • Desenvolva um código de conduta ético para a empresa;
  • Crie políticas e procedimentos claros para lidar com questões como assédio, discriminação e corrupção;
  • Promova a independência e a diversidade no conselho de administração.
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Gabriel Peixoto
CEO e fundador da Smart Lap

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