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O que é o metaverso? Entenda porque as gigantes da tecnologia querem um pedaço dele

Quando Avatar – o multimilionário e visionário filme de James Cameron – foi lançado lá em 2009, muitos ficaram impressionados com o arsenal criativo do icônico diretor. Mas, além disso, as possibilidades que o roteiro discutia também deixaram inúmeros telespectadores acordados até mais tarde. E esse é um bom comparativo quando pensamos no metaverso e em toda a promessa que ele traz para mudar a nossa comunicação e as nossas vidas. A palavra metaverso se destacou na maioria das listas de buscas desde que o Facebook anunciou a mudança de nome para Meta, aguçando ainda mais a curiosidade das pessoas. Mas não é só Mark Zuckerberg que quer a sua fatia desse “paraíso escondido”: grande parte das gigantes da tecnologia estão num ringue virtual para sair em primeiro na corrida pelo ouro. Mas por que elas querem tanto conquistar o metaverso? O termo apareceu pela primeira vez em “Snow Crash”, livro de ficção científica escrito por Neal Stephenson em 1992. Nele, as pessoas utilizavam o metaverso para escaparem de uma realidade distópica. Em termos práticos, o metaverso pode ser definido como o próximo capítulo da internet. Trata-se de um plano virtual onde as pessoas poderão realizar todo o tipo de atividade. Trabalhar, fazer compras, jogar e até namorar estão entre as atribuições que serão possíveis neste “ambiente multidimensional”. Descrevendo desse jeito, parece que estamos nos referindo a um filme de ficção científica que não tem relação alguma com a realidade. Mas essas possibilidades não estão muito distantes de se tornarem palpáveis.

Como funcionará o metaverso?

A gente denominou acima que o metaverso é um ambiente virtual imersivo, onde as pessoas poderão interagir entre si através de avatares. Mas como será possível tamanha façanha? Meta (antigo Facebook), Microsoft, Roblox, dentre outras estão investindo pesado no aperfeiçoamento de tecnologias que nós já temos contato e conhecimento no nosso dia a dia, ainda que em pequenas doses: realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas e NFT são algumas dessas particularidades que irão tornar o metaverso possível. Como uma internet 3D, o metaverso ambiciona reproduzir todas as atividades físicas num ambiente virtual. Segundo Mark Zuckerberg, em comunicado à imprensa, “você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar — reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar —, bem como experiências completamente novas que realmente não se encaixam na forma como pensamos sobre computadores ou telefones hoje.” Porém, vale ressaltar que toda essa construção do metaverso só será possível se as plataformas rivais estiverem, de certa forma, integradas. Imagine que você criou o seu avatar no metaverso de uma empresa. O avatar fez compras, assistiu a um filme e, por último, comprou um jogo de videogame – tudo de forma virtual, obviamente. O ingresso, as compras e o jogo foram pagos com criptomoedas e a transação foi validada através de NFTs (falamos aqui sobre essa sigla). Em seguida, um amigo pede o seu jogo de videogame emprestado e você concede. Para migrar de uma plataforma para a outra, as suas aquisições precisam ser mantidas (o ingresso, as compras e jogo). Em outras palavras, elas precisam permanecer imutáveis seja no Facebook, no Roblox ou no WhatsApp.
Freepik/Divulgação

Por que o metaverso e realidade virtual não são a mesma coisa?

Apesar de não serem a mesma coisa, os dois conceitos estão interligados. A realidade virtual (RV) é uma das partes centrais do metaverso e será responsável por garantir o transporte para esse outro mundo virtual. Realidade virtual pode ser descrita como uma tecnologia que usa sistemas computacionais para criar ambientes virtuais e, consequentemente, enganar os sentidos humanos – tato, visão, audição. Dessa forma, ela possibilita uma imersão completa nessa simulação de mundo. Já o metaverso se utiliza da realidade virtual e de muitas outras tecnologias, integralizadas, para constituir essa rentável e, de certa forma viciante, escapada da realidade para fins comerciais, trabalhistas e sentimentais.

Metaverso para todos! Ou mais ou menos isso…

Depois de tanto falarmos sobre o metaverso e em tudo o que ele representa, a pergunta crucial que vem a seguir é: “Mas ele vai virar mesmo realidade?”. As gigantes da tecnologia dizem que sim – e, em no máximo cinco anos estaremos experimentando-o. Porém, a desigualdade social só tende a aumentar, principalmente coma a alta nos preços de tudo. Outro fator decisivo é a questão da velocidade de navegação da internet. Sabemos que o 4G faz o que pode, mas ainda não é suficiente para rodar gráficos ultrarrealistas ou criar experiências imersivas completas. A chegada do 5G poderia acelerar o metaverso, mas até que ponto será rápido assim implantá-la ao redor do mundo? Uma outra questão bem importante é a segurança dos nossos dados pessoais. O próprio Facebook já esteve envolvido em sérios problemas de vazamentos. Com uma aposta tão grande, onde tudo o que somos e o que fazemos estará disponível nos bancos de dados dessas empresas, até que ponto podemos confiar de que estaremos seguros? Quando James Cameron definiu toda uma nova geração de cinéfilos apresentando ao mundo a sua obra Avatar, ele não imaginava que a humanidade caminharia a passos largos para concretizar algo bem similar – e até um pouco assustador. Se Avatar ganha pontos por sua estética realista, distópica e digitalizada, o metaverso segue crescendo à sua sombra, num contraste límpido sobre até onde estamos dispostos a chegar para conseguir escapar da nossa própria realidade. Agora nos conte: você já tinha ouvido falar em metaverso? Qual é a tua percepção acerca desse assunto?
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Gabriel Peixoto
CEO e fundador da Smart Lap

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