Chatbot inteligente do Google chega para bater de frente com o ChatGPT. Conheça!
Não há dúvidas de que 2023 ficará marcado como o ano das inteligências artificiais. Os chatbots inteligentes, principalmente aqueles focados em conversação e geração de conteúdo, chegaram com tudo e prometem potencializar ainda mais a sua força. Encabeçadas pelo astro ChatGPT, essas ferramentas já fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Visando a sua parcela deste mercado composto por ávidos consumidores, o Google finalmente apresentou o seu próprio chatbot. Nomeada Bard, a IA foi lançada em julho de 2023, em fase experimental. A ferramenta foi disponibilizada inicialmente apenas para navegador e chega com a promessa de melhorar a assistência virtual dos usuários com a inteligência artificial.
Mas, será que o Bard tem capacidade para competir com gigantes consolidados como o ChatGPT e, de forma mais direta, com o novo Bing? Neste artigo, a Smart Lap preparou um guia completo para responder a essa pergunta. Vem conosco!
O que é o Bard?
Segundo o primeiro resultado fornecido pela ferramenta do Google, Bard é “uma referência aos bardos da cultura celta. Os bardos eram profissionais da palavra, treinados para recitar histórias, poemas e canções”.
Portanto, faz sentido o nome Bard para o chatbot inteligente do Google, que utiliza modelos de linguagem complexos e exclusivos. Apoiado pelo Modelo de Linguagem de Caminhos (PaLM 2), ele tem a capacidade de fornecer respostas naturais, semelhantes às de humanos.
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Como acessar o Bard?
Se você já estiver logado em sua conta Google, acessar o Bard é muito simples. Basta digitar a palavra no buscador e clicar no primeiro resultado ou entrar através da url: https://bard.google.com/. Uma vez dentro da ferramenta, clique em “Quero testar o Bard” e concorde com os termos de uso.
Antes de iniciar o uso do Bard, um aviso aparecerá, informando que o chatbot ainda se encontra em fase experimental, e, por isso, as suas respostas podem ser imprecisas. É recomendável, inclusive, que os usuários deem feedbacks para contribuir com o aprimoramento da ferramenta. Assim, basta selecionar “Continuar” para começar a utilizar o Bard.
O que o Bard faz?
Muito similar ao ChatGPT, o Bard utiliza inteligência artificial para criar diálogos naturais com os usuários. Basta fornecer uma pergunta ou um comando e a ferramenta será capaz de entregar respostas complexas, textos criativos, poemas, traduções em diversas línguas e muito mais.
Mesmo sem um aplicativo próprio, o Bard pode ser integrado a outras ferramentas do Google, como Gmail, Apresentações, Docs, Planilhas e outros. Essa integração possibilita a criação de slides, textos e até mesmo fórmulas para Planilhas com a ajuda do assistente virtual. É uma maneira prática e eficiente de aproveitar as funcionalidades do Bard em conjunto com outras ferramentas que já utilizamos no dia a dia.
Interface do Bard
A interface do Bard vai de encontro com qualquer outro produto Google. O seu visual é clean e organizado e traz elementos que o caracterizam como parte da família, como as cores mais sutis e o excesso de branco na tela inicial.
Além disso, ao abrir o Bard, é possível vislumbrar uma estrutura muito similar à utilizada por mensageiros ao longo dos anos. Há um campo para a inserção de comandos na parte inferior da tela, que pode ser acionado por digitação ou por voz. Na lateral esquerda ficam organizadas as conversas anteriores e o menu pode ser recolhido pelo usuário.
Por falar em conversas, sempre que há uma interação entre o usuário e a plataforma, o Bard traz na sequência botões de feedback. É possível avaliar a conversa como boa ou ruim, compartilhar e exportar ou mesmo pesquisar no Google. E isso é muito importante para checar a veracidade das informações fornecidas pelo chatbot.
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Bard vs ChatGPT
Apesar do ChatGPT estar no mercado há muito mais tempo, é impossível evitar comparações entre as duas ferramentas. E, mesmo ainda engatinhando, o Bard se sai bem em algumas funções, mas perde em pontos cruciais para o chatbot da OpenAI.
A primeira grande diferença são os modelos de linguagem que as ferramentas utilizam. Enquanto o Bard adota o modelo PaLM 2, o ChatGPT utiliza o GPT-3.5 em sua versão gratuita e o GPT-4.0 em sua versão paga.
Um dos problemas do chatbot desenvolvido pela OpenAI é que seu banco de dados recebeu atualizações apenas até setembro de 2021. Consequentemente, o assistente não tem a capacidade de fornecer respostas às perguntas mais recentes. Em contrapartida, o Bard possui acesso a informações mais atualizadas e tem a capacidade de realizar buscas em tempo real.
Por outro lado, a IA do Google também fica confusa ao ser questionada sobre alguns eventos atuais e, quando se exige uma compreensão maior da ferramenta para a geração de conteúdo, o resultado não parece tão natural – ou humano – como o ChatGPT. É bom para brincar, mas leva mais tempo para educá-lo.
Cuidados ao utilizar o Bard
Como toda inteligência artificial, o Bard exige alguns cuidados que envolvem segurança de dados e ética. O mais importante deles é evitar a desinformação e a propagação de fake news. Como a própria ferramenta diz, ela ainda está em fase de testes e pode apresentar respostas imprecisas. Portanto, é imprescindível sempre verificar as fontes antes de compartilhar algo fornecido pelo chatbot.
Um dos primeiros avisos do Bard é que os textos podem passar por revisores humanos, que estão aptos a ler, fazer anotações e ajudar no processamento dos dados. Dito isso, nunca forneça informações confidenciais suas ou de outras pessoas à ferramenta.
Por fim, lembre-se de que a inteligência artificial pode ser utiliada para o bem e para o mal. Além disso, é importante frisar que os chatbots inteligentes vieram para facilitar o nosso dia a dia, e que o seu uso com cautela e responsabilidade são a chave do sucesso.
